Em meados dos anos 1990, fui convidado a participar da composição de uma mesa de debate no Seminário Arquidiocesano São José, localizado no bairro do Rio Comprido no Rio de Janeiro. O tema se reportava aos diversos conceitos de céu, inferno e a vida após a morte, conforme orientações doutrinárias de diversas religiões. A plateia era composta de seminaristas, leigos católicos e convidados especiais. Os integrantes da mesa deveriam se posicionar como representantes de credos religiosos ou simplesmente na condição de praticantes de tal ou qual doutrina religiosa. Também participou um notável professor da própria instituição católica, o qual se declarava ateu.
Estavam ali representantes do Candomblé, do Evangelismo Protestante, da Igreja Católica (Evangelismo Católico), do ateísmo e eu, estudante da Doutrina Espírita. E, na condição de mediador, um seminarista, destacado líder estudantil do Seminário Arquidiocesano São José.
Representando a Igreja Católica, ninguém menos que Dom Estêvão Bettencourt (1919 ─ 2008), teólogo, professor do Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
O evento representava, simbolicamente, a última aula do curso de Teologia para a turma de seminaristas que se graduavam naquele ano.
Ao ser convidado para participar do evento, imaginei que, no mundo “avançado” em que nos encontrávamos, alunos de cursos de Teologia já haveriam de ter tido acesso a todas as visões de céu e inferno pregadas por todas as doutrinas religiosas do mundo, principalmente pelas mais ativas em território nacional. Engano. Ali, pude deduzir, em vista das perguntas que vinham da plateia, que os formandos ignoravam tudo sobre os conceitos da Doutrina Espírita e das outras religiões que se faziam representar no evento. Pelo visto, naquele curso, o ensino se resumia aos princípios da Igreja Católica.
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Deus e o Universo Holográfico (Parte 3)
LiteraturaPor Fernando Soares Campos 23/07/2022 - 20h 34min Arquivo do autor
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